Farenheit 451

01/11/2024 por Luiz Gavioli

Nem me lembro mais quando ouvi falar sobre esse livro pela primeira vez. Foi há muito tempo, mas eu lembro que fiquei com vontade de lê-lo imediatamente. No entanto, só agora, quando a Mari me perguntou sobre ele, que decidi lê-lo. Nós acabamos lendo o livro juntos e foi ótimo.

O Autor

Ray Douglas Bradbury é um dos mais celebrados escritores dos séculos XX e XXI, tendo escrito em uma variada gama de gêneros como ficção científica, horror e fantasia. Conhecido principalmente por Farenheit 451 e a coletânea de ficção científica, Crônicas Marcianas. Grande parte do seu trabalho é de ficção especulativa.

O Livro

Farenheit 451 é um romance distópico de ficção científica, escrito por Ray Bradbury. O romance mostra um futuro onde os livros são proibidos, opiniões próprias são consideradas antissociais, egoístas e hedonistas. Isso tudo resulta em uma supressão do pensamento crítico. Guy Montag é um “bombeiro”, no livro os bombeiros foram desvirtuados após todas as casas receberem um tratamento antifogo, que queima livros. Apesar de ter sido publicado pela primeira vez em 1953, me pareceu assustadoramente atual.

Como todos se sentiam ofendidos pelas opiniões dos outros, todas as opiniões foram proibidas. O estado diz a todos o que pensar através da mídia e nada é questionado. É possível traçar um paralelo com a cultura do cancelamento e o boicote a qualquer um que tenha uma opinião divergente que, extrapolados os efeitos, resultam no futuro distópico de Montag.

Na primeira parte do livro, os personagens são simples e sem muita profundidade. Acredito que o efeito seja proposital, já que o protagonista ganha cor e dimensão com o andamento da história, enquanto outros personagens continuam sem muita dimensão. Montag conhece uma menina que reativa suas memórias e questionamentos e o projeta em uma busca pela liberdade. Montag começa a salvar alguns livros dos seus incêndios e começa a ser perseguido pelo seu capitão, Beatty.

Conclusão

É um livro provocante e direto. Bradbury não se perde em longas descrições e vai direto ao ponto. A história é contada do ponto de vista de Montag, chegando até a contar seus pensamentos e devaneios. Às vezes é difícil separar o que acontece dentro e fora da mente de Montag.

Foi o primeiro livro de Bradbury que eu li e recomendo a leitura. Um livro um pouco complicado de ler, mas quase impossível de deixá-lo de lado.